Meus carros: VW Passat TS 1978 (parte1)

Bom, como vocês já leram no texto do Maverick, depois de tanto tentar vender o Ford, resolvi levá-lo ao Sambódromo e acabei colocando ele num rolo com um Passat TS.

Eu nunca fui fã de Passat. De verdade. Mas a idéia de ter um carro para poder realmente usar no dia a dia, com peças baratas e abundantes (e mais fácil de vender que o Maverick), me agradou. E com o tempo, passei a gostar do carrinho.

Acabei trocando e pagando mais R$ 500 ao antigo dono do carro. O carro não estava no nome dele, mas ele me entregou o documento preenchido e assinado e logo fui resolver isso. Ficou combinado que eu ainda devolveria o carburador (um 3E) assim que arrumasse o “original – um Solex alemão ou um Weber miniprogressivo. Aí, na hora de legalizar o bichinho, apareceu uma multa por rodízio e eu resolvi não mais devolver o carburador. Fui a um desmanche e acabei colocando ele no rolo com um Weber miniprogressivo a álcool.

Taí. Esse foi, de longe, o antigo mais inteiro que tive

Mas é bom dizer – e as fotos provarão – que este foi o melhor antigo que já tive. A pintura era boa e a  lataria também. Não havia pontos de ferrugem.

Só alguns detalhes de um carro mal cuidado.

As portas não fechavam direito. Pura regulagem. As maçanetas eram todas originais mas as chaves não. Tratei de fazer dois jogos  com os modelos originais.

A parte elétrica estava bem modificada. O dono havia instalado uma chave geral, havia fiação de som aos milhares e também uma outra gambiarra pra modificar o funcionamento dos piscas (que viravam lanterna) Levei o carro num auto elétrico e o cara resolveu tudo pra mim.

Apesar de ser um TS, o carro não tinha o console central, com os três reloginhos. Tratei de comprar um original pelo Mercado Livre e instalar. Euq queria tudo funcionando. O mesmo auto elétrico resolveu o problema para mim.

As rodas também eram modificadas. De Gol, eu acho. Mas não achava as originais do TS. Acabei optando por um conjunto semelhante e mais barato. Com direito as calotinhas em formato de copo. Eu curti ajeitar esse Passatinho.

Tudo como manda o figurino: conta-giros, console central e volante de três raios

Eu andava feliz e satisfeito com o TS, que já não tinha o motor original. No lugar estava um 1.8 a álcool (o carro tinha até o reservatório de gasolina original dos Passat mais modernos) que começou a queimar óleo na semana seguinte em que comprei o carro. Levei num mecânico e ele me veio com uma proposta: um amigo tinha um motor 1.9 de competição, em bom estado. Ele me venderia aquele motor e instalaria no meu carro. É claro que eu faria um misto dos dois motores. Usaria bloco, anéis e pistões do 1.9 e o meu cabeçote com o meu comando, para que o motor não ficasse muito forte.

Curti a ideia de ter um foguetinho nas mãos e acabei topand o negócio. Troca feita, o Passat parou de queimar óleo e passou a andar mais. Só não andava mais forte ainda porque o escapamento limitava.

A patroa conheceu o Passatinho. Andou uma única vez. O suficiente para se manter um pouco afastada… se é que vocês me entendem… O ódio mortal que ela cultivava pelo Passatinho começou mesmo numa segunda-feira.

Eu estava na Avenida Brasil e tinha uma tomografia pra fazer no joelho. Era rodízio do Calibra e resolvi ir de Passat. No meio da avenida, ele apaga. Do nada. E nem sinal de vida. Achei que um cabo pudesse estar solto. Nada. Liguei pro guincho e para a patroa. E fui fazer o exame. E toca ela ir pra lá, pegar um puta transito, pra ficar do lado do carro até o guincho chegar, rebocar o Passatinho e ela me pegar no médico.

É, eu sei. Dessa vez eu passei dos limites. Na segunda parte eu conto como termina essa história (a do carro, não a do ódio patronal sobre os antigos)